A tuberculose da oliveira ou Ronha da Oliveira aumentou consideravelmente nos últimos anos. O objetivo deste artigo é fornecer o máximo de informação possível para entender a doença, como atua, o tratamento e os elementos que podem ajudar a prevenir eventuais perdas na colheita.
É importante saber que a doença atinge a árvore e, por conseguinte, os seus galhos, caules, brotos e, em casos graves, as folhas, gerando feridas e tumores que são causados por uma bactéria fitopatogênica denominada Pseudomonas savastanoi .
Os períodos de maior risco de infecção são entre o outono e a primavera devido à humidade que ocorre nesta época, tratando-se, portanto, de condições totalmente favoráveis ao desenvolvimento desta bactéria na oliveira.
Uma vez infectada a oliveira, a propagação da bactéria que causa a tuberculose é muito rápida, tornando a recuperação muito difícil, e podendo causar a morte de novos brotos, debilidade à árvore e um gosto horrível nas azeitonas que esta produza.
Sintomas típicos.
É possível determinar as árvores que estão afetadas, ao conhecer em detalhe os efeitos desta doença na oliveira. Aqui estão os mais comuns:
- Formação de verrugas ou tumores que, num estágio inicial, são esponjosos até atingirem um estágio em que secam a árvore.
- O tronco, galhos, caule e brotos, serão visivelmente afetados.
- A sintomatologia pode ser detectada através da observação da decadência da árvore, bem como, pela fraqueza dos ramos da oliveira, desfolha e uma diminuição considerável no tamanho do fruto.
A detecção precoce será o principal elemento de prevenção para salvar a colheita e tratar a tuberculose da oliveira a tempo.
Causas da doença.
É preciso saber que esta bactéria causadora do repilo, fica latente na superfície da planta durante todo o ano. Porém, existem duas situações que farão com que a doença se gere, a saber:
- Condições climáticas de humidade favoráveis ao desenvolvimento de bactérias.
- Uma ferida, através da qual a bactéria se infiltre na planta, que geralmente é causada pela poda de galhos, colheita de azeitonas ou queda de folhas.
Tratamentos para oliveiras.
Académicos de todo o mundo, estão a contribuir de diversas formas para melhorar as práticas de diferentes tratamentos para oliveiras. Entendendo que, apesar da inevitabilidade das condições climáticas, através de medidas de prevenção e controlo, é possível melhorar.
Contra a tuberculose normalmente estão indicados os fungicidas cúpricos, indicados para o controle de doenças fúngicas que, genericamente, são denominadas “repilos”. Da mesma forma que a desinfecção das ferramentas de poda, entre cada corte, será fundamental.
Nestes casos, o estudo constante é o que tem permitido definir quais os tratamentos da azeitona que geram melhores resultados e quais geram resistência, tudo com o propósito de evitar aplicações desnecessárias que intoxicam mais a planta e causam uma resposta pior.
Como método de prevenção e controle, a realização de um diagnóstico fitopatológico de precisão será fundamental para determinar o nível da doença e verificar quais são os fungicidas mais eficazes.